Jocimara Maciel Correia, graduada  em História pela Universidade Estadual do Paraná, UNESPAR, (2016), especialista em História das Revoluções e Movimentos Sociais pela Universidade Estadual de Maringá, UEM (2018) e, Geografia, Meio Ambiente e Ensino pela UNESPAR,  (2018).  Mestranda no Programa de História Pública pela UNESPAR, membro do Grupo de Pesquisa História Pública, linha de pesquisa Memória e espaços de formação, [email protected]: Este projeto tem como objetivo investigar o imaginário coletivo envolvendo a fantasiosa passagem do médico Josef Kanat no município de Mamborê, estado do Paraná, e sua vinculação à identidade do médico alemão Josef Mengele, bem como os respectivos desdobramentos de traumas psíquicos, pessoal e familiar, decorrentes de imperícia, imprudência ou negligência médica. Para muitas pessoas Josef Kanat, que trabalhou no município no ano de 1956, seria Josef Mengele disfarçado. Uma hipótese da pesquisa é a de que esse imaginário foi alimentado pela comunicação maciça de reportagens na década de 1980, as quais discutiam a presença de refugiados alemães e de falsas identidades, onde Mengele supostamente teria se disfarçado com o nome de Josef Kanat no interior do estado do Paraná. Em contrapartida, a modernização e a política de estado voltada à saúde pública e à educação sanitária, que contou com a criação do Ministério da Saúde (1953), isentam-se de problemas da assistência médica plena aos brasileiros e a avaliação e acompanhamento das condutas médicas neste período. As vítimas de erros médicos de Josef Kanat e seus familiares relembram os traumas e as consequências do atendimento médico, que além de desfiguração corporal de algumas pessoas, causou a morte de outra. Em termos acadêmicos, os quais darão suporte às demais ações, desenvolver-se-á reflexão teórica e conceitual sobre identidade, memória, imaginação e evolução do sistema de saúde pública, desde a década de 1950. Deste modo, elaborar-se-á um plano de ação com atividades nas quais o conhecimento, devidamente adaptado ao público em geral, poderá ser compartilhado publicamente. Igualmente a pesquisa e o registro das memórias de traumas de familiares serão registrados, analisados, armazenados e difundidos a partir da metodologia em História Oral e História Pública. No tocante à aplicação de projeto em História Pública, pretendem-se realizar debate, exposição, atividades com as audiências para tratar de temas como identidade, saúde pública e direito à saúde e produzir um website em que serão armazenados os dados e resultados da pesquisa. Palavras chave: História Pública. Imaginário. Saúde Pública. História Oral. Mamborê-PR.