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Na segunda campanha, realizada entre 25 de novembro e 17 dezembro de 2014, foi realizada a primeira etapa das amostragens nos 32 pontos amostrais selecionados previamente. Durante esta campanha foram contabilizados 1925 registros de aves de 141 espécies, sendo que dentre estes foi registrada a espécie \textit{Tigrisoma fasciatum} (Socó-boi-escuro),considerada como "Vulnerável" em nível nacional (MMA, Portaria nº444 de 17 de dezembro 2014) e "Criticamente em Perigo" em Minas Gerais. Outras espécies que constam na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais e foram registradas neste período foram: \textit{Culicivora caudacuta}(Papa-moscas-do-campo, categoria "Vulnerável"), \textit{Euscarthmus rufomarginatus} (Maria-corruíra, categoria "Criticamente em Perigo"), \textit{Suiriri islerorum} (Suiriri-da-chapada, categoria "Vulnerável"), além de \textit{M. americana}, \textit{S. angolensis} e \textit{A. ararauna}, já registradas durante a primeira campanha.  As amostragens foram realizadas nos períodos da manhã (entre 06:00 e 11:00) e à tarde (entre 15:30 e 20:00), evitando os períodos com incidência de chuva. Metade dos pontos amostrais foram visitados em pelo menos duas ocasiões pela manhã, cada uma por um observador diferente, o que irá possibilitar a análise da influência do observador sobre o registro das espécies e indivíduos e também o padrão de ocorrência das espécies por fitofisionomia. A outra metade dos pontos foram visitados entre quatro e seis ocasiões pela manhã e entre duas e quatro ocasiões à tarde, o que nos permitirá avaliar a influência do período do dia na detecção das aves, assim como também calcular a detecção para cada espécie e fisionomia. Em cada registro foi considerada a presença da ave dentro ou fora da região amostral (dentro ou fora de raio de 100m em torno do ponto) e o tipo de registro (visual ou auditivo). Nos registros visuais, foram também registrados a distância perpendicular das aves em relação ao transecto, a qual será utilizada para avaliar o efeito da distância de observação na detecção das avess, aves,  e também o estrato vegetacional que o indivíduo foi avistado, a qual será usada em uma etapa posterior para avaliação do efeito da complexidade de habitats sobre a diversidade de espécies. Os estratos vegetacionais de ocorrência dos indivíduos e espécies foram categorizados da seguinte forma: 1- vegetação herbácea (0-100cm altura, sem a presença de copa definida e sem a presença de caule lignificado), 2- vegetação arbustiva (0-100cm altura, sem a presença de copa definida e com presença de caule lignificado), 3- vegetação arbórea de pequeno porte (100-300cm de altura, com a presença de copa definida e caule lignificado) e 4- vegetação arbórea de porte adulto (a partir de 300cm de altura, com a presença de copa definida e caule lignificado). Com relação às três fitofisionomias amostradas, o maior número de registros foi obtido na fitofisionomia campo cerrado (653), seguido por campo sujo (640) e cerrado \textit{sensu stricto} (625). Entretanto, quando consideramos o número de registros realizados dentro ou fora do raio amostral de 100 m em torno dos pontos amostrais, os resultados são qualitativamente diferentes.  Os registros dentro do raio amostral de 100m foram maiores na fitofisionomia campo sujo (334), depois em campo cerrado (269) e por último em cerrado \textit{sensu stricto} (214) (Figura \ref{fig:Figura 2}). Já para os registros realizados fora do raio de 100 m torno dos pontos amostrais, a fitofisionomia que apresentou maior número de registros foi o cerrado \textit{sensu stricto} (414), depois o campo cerrado (384) e por último o campo sujo (306) (Figura \ref{fig:Figura 2}).