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{\fancyplain{}{\textsl{\thepage}}}  \begin{center}  {\LARGE Relatório Científico de Andamento}   \end{center}         

\textbf{Figura 3}: \label{fig:aves3}:  Número de espécies registradas em cada uma das fitofisionomias amostradas, considerando os rgistros registros  feitos dentro do raio amostral de 100m e fora deste raio amostral. Legenda: CS- campo sujo; CC - campo cerrado; SS- cerrado \textit{sensu stricto}. Note que o comprimento a escala  do eixo y é diferente nos dois gráficos. Estes resultados preliminares indicam que o número de registros feitos em cada fitofisionomia, assim como o número de espécies presentes em cada uma, são diferentes. Além disso, estes resultados indicam que existe um efeito da distância que os registros foram realizados, já que os registros e espécies encontrados dentro e fora do raio de 100m em torno dos pontos apresentam diferentes padrões. Este efeito da distância pode ocorrer tanto por uma maior heterogeneidade de hábitats em torno de algumas fitofisionomias em relação à outras quanto por um efeito da detectabilidade associado às características dos hábitats, já que o efeito positivo da vegetação sobre o número de espécies poderia ser reduzido ou até mascarado por um efeito negativo da vegetação sobre a detecção das espécies.  O uso dos estratos pelas aves também foi analisado de maneira preliminar e dentro do raio de 100m em torno dos pontos foram realizados 15 registros de aves no estrato 1, 72 no estrato 2, 116 no estrato 3 e 313 no estrato 4 (Figura 4). Com relação ao número de espécies dentro deste mesmo raio amostral, foram observadas 12 espécies no estrato 1, 28 espécies no estrato 2, 34 no estrato 3 e 63 no estrato 4 (Figura 4).         

\textbf{Figura 1}: \label{fig:aves1}:  Proporção de registros auditivos e visuais realizados a partir dos com os  métodos de ponto de escuta e transecto, respectivamente. Note que o comprimento a escala  do eixo y é diferente nos dois gráficos. No total, durante esta primeira campanha, foram realizados 586 registros de 94 espécies, sendo que dentre estes registros alguns merecem destaque, como por exemplo o da espécie \textit{Urubitinga coronata} (Águia-cinzenta), que consta na categoria "Em perigo" da lista nacional de espécies em extinção (MMA, Portaria nº444 de 17 de dezembro 2014) e também na lista de espécies de extinção de Minas Gerais (DN COPAM nº147, de 30 de abril de 2010). Outras espécies observadas que constam na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais são: \textit{Mycteria americana} (Cabeça-seca, categoria "Vulnerável"), \textit{Crax fasciolata} (Mutum-de-penacho,categoria "Em perigo"), \textit{Sporophila angolensis} (Curió, categoria "Criticamente em Perigo"), \textit{Ara ararauna} (Arara-canindé, categoria "Vulnerável") e \textit{Ara chloropterus} (Arara-vermelha-grande, categoria "Criticamente em Perigo").  Além destes registros, foram também demarcados 32 pontos amostrais, cada um composto de dois transectos de 200 m, distribuídos entre três fitofisionomias distintas de Cerrado, a saber: campo sujo, campo cerrado e cerrado \textit{sensu stricto}. Estas fitofisionomias foram escolhidas por representarem um gradiente de estrutura vegetacional, que aumenta do campo sujo para o cerrado \textit{sensu stricto}, sendo o campo cerrado a forma intermediária. Estes pontos amostrais foram escolhidos de maneira a possibilitar a análise da relação da diversidade de aves com a estrutura da vegetação no cerrado e foram amostrados durante a segunda campanha de campo, realizada entre novembro e dezembro de 2014, e serão amostrados novamente na terceira campanha, a ser realizada no primeiro semestre de 2015 em datas a definir.  As amostragens foram realizadas nos períodos da manhã (entre 06:00 e 11:00) e à tarde (entre 15:30 e 20:00), evitando os períodos com incidência de chuva. Metade dos pontos amostrais foram visitados em pelo menos duas ocasiões pela manhã, cada uma por um observador diferente, o que irá possibilitar a análise da influência do observador sobre o registro das espécies e indivíduos e também o padrão de ocorrência das espécies por fitofisionomia. A outra metade dos pontos foram visitados entre quatro e seis ocasiões pela manhã e entre duas e quatro ocasiões à tarde, o que nos permitirá avaliar a influência do período do dia na detecção das aves, assim como também calcular a detecção para cada espécie e fisionomia. Em cada registro foi considerada a presença da ave dentro ou fora da região amostral (dentro ou fora de raio de 100m em torno do ponto) e o tipo de registro (visual ou auditivo). Nos registros visuais, foram também registrados a distância perpendicular das aves em relação ao transecto, a qual será utilizada para avaliar o efeito da distância de observação na detecção das avess, e também o estrato vegetacional que o indivíduo foi avistado, a qual será usada em uma etapa posterior para avaliação do efeito da complexidade de habitats sobre a diversidade de espécies. Os estratos vegetacionais de ocorrência dos indivíduos e espécies foram categorizados da seguinte forma: 1- vegetação herbácea (0-100cm altura, sem a presença de copa definida e sem a presença de caule lignificado), 2- vegetação arbustiva (0-100cm altura, sem a presença de copa definida e com presença de caule lignificado), 3- vegetação arbórea de pequeno porte (100-300cm de altura, com a presença de copa definida e caule lignificado) e 4- vegetação arbórea de porte adulto (a partir de 300cm de altura, com a presença de copa definida e caule lignificado).  Com relação às três fitofisionomias amostradas, o maior número de registros foi obtido na fitofisionomia campo cerrado (653), seguido por campo sujo (640) e cerrado \textit{sensu stricto} (625). Entretanto, quando consideramos o número de registros realizados dentro ou fora do raio amostral de 100 m em torno dos pontos amostrais, os resultados são qualitativamente diferentes.  Os registros dentro do raio amostral de 100m foram maiores na fitofisionomia campo sujo (334), depois em campo cerrado (269) e por último em cerrado \textit{sensu stricto} (214) (Figura 2). Já para os registros realizados fora do raio de 100 m torno dos pontos amostrais, a fitofisionomia que apresentou maior número de registros foi o cerrado \textit{sensu stricto} (414), depois o campo cerrado (384) e por último o campo sujo (306) (Figura 2).         

\textbf{Figura 1}: \label{fig:aves1}:  Proporção de registros auditivos e visuais realizados a partir dos métodos de ponto de escuta e transecto, respectivamente. transecto.  Note que o comprimento a escala  do eixo y é diferente entre os dois gráficos.No total, durante esta primeira campanha, foram realizados 586 registros de 94 espécies, sendo que dentre estes registros alguns merecem destaque, como por exemplo o da espécie \textit{Urubitinga coronata} (Águia-cinzenta), que consta na categoria "Em perigo" da lista nacional de espécies em extinção (MMA, Portaria nº444 de 17 de dezembro 2014) e também na lista de espécies de extinção de Minas Gerais (DN COPAM nº147, de 30 de abril de 2010). Outras espécies observadas que constam na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais são: \textit{Mycteria americana} (Cabeça-seca, categoria "Vulnerável"), \textit{Crax fasciolata} (Mutum-de-penacho,categoria "Em perigo"), \textit{Sporophila angolensis} (Curió, categoria "Criticamente em Perigo"), \textit{Ara ararauna} (Arara-canindé, categoria "Vulnerável") e \textit{Ara chloropterus} (Arara-vermelha-grande, categoria "Criticamente em Perigo").  Além destes registros, foram também demarcados 32 pontos amostrais, cada um composto de dois transectos de 200 m, distribuídos entre três fitofisionomias distintas de Cerrado, a saber: campo sujo, campo cerrado e cerrado \textit{sensu stricto}. Estas fitofisionomias foram escolhidas por representarem um gradiente de estrutura vegetacional, que aumenta do campo sujo para o cerrado \textit{sensu stricto}, sendo o campo cerrado a forma intermediária. Estes pontos amostrais foram escolhidos de maneira a possibilitar a análise da relação da diversidade de aves com a estrutura da vegetação no cerrado e foram amostrados durante a segunda campanha de campo, realizada entre novembro e dezembro de 2014, e serão amostrados novamente na terceira campanha, a ser realizada no primeiro semestre de 2015 em datas a definir.  Na segunda campanha, realizada entre 25 de novembro e 17 dezembro de 2014, foi realizada a primeira etapa das amostragens nos 32 pontos amostrais selecionados previamente. Durante esta campanha foram contabilizados 1925 registros de aves de 141 espécies, sendo que dentre estes foi registrada a espécie \textit{Tigrisoma fasciatum} (Socó-boi-escuro),considerada como "Vulnerável" em nível nacional (MMA, Portaria nº444 de 17 de dezembro 2014) e "Criticamente em Perigo" em Minas Gerais. Outras espécies que constam na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais e foram registradas neste período foram: \textit{Culicivora caudacuta}(Papa-moscas-do-campo, categoria "Vulnerável"), \textit{Euscarthmus rufomarginatus} (Maria-corruíra, categoria "Criticamente em Perigo"), \textit{Suiriri islerorum} (Suiriri-da-chapada, categoria "Vulnerável"), além de \textit{M. americana}, \textit{S. angolensis} e \textit{A. ararauna}, já registradas durante a primeira campanha.  As amostragens foram realizadas nos períodos da manhã (entre 06:00 e 11:00) e à tarde (entre 15:30 e 20:00), evitando os períodos com incidência de chuva. Metade dos pontos amostrais foram visitados em pelo menos duas ocasiões pela manhã, cada uma por um observador diferente, o que irá possibilitar a análise da influência do observador sobre o registro das espécies e indivíduos e também o padrão de ocorrência das espécies por fitofisionomia. A outra metade dos pontos foram visitados entre quatro e seis ocasiões pela manhã e entre duas e quatro ocasiões à tarde, o que nos permitirá avaliar a influência do período do dia na detecção das aves, assim como também calcular a detecção para cada espécie e fisionomia. Em cada registro foi considerada a presença da ave dentro ou fora da região amostral (dentro ou fora de raio de 100m em torno do ponto) e o tipo de registro (visual ou auditivo). Nos registros visuais, foram também registrados a distância perpendicular das aves em relação ao transecto, a qual será utilizada para avaliar o efeito da distância de observação na detecção das aves, e também o estrato vegetacional que o indivíduo foi avistado, a qual será usada em uma etapa posterior para avaliação do efeito da complexidade de habitats sobre a diversidade de espécies. Os estratos vegetacionais de ocorrência dos indivíduos e espécies foram categorizados da seguinte forma: 1- vegetação herbácea (0-100cm altura, sem a presença de copa definida e sem a presença de caule lignificado), 2- vegetação arbustiva (0-100cm altura, sem a presença de copa definida e com presença de caule lignificado), 3- vegetação arbórea de pequeno porte (100-300cm de altura, com a presença de copa definida e caule lignificado) e 4- vegetação arbórea de porte adulto (a partir de 300cm de altura, com a presença de copa definida e caule lignificado).  Com relação às três fitofisionomias amostradas, o maior número de registros foi obtido na fitofisionomia campo cerrado (653), seguido por campo sujo (640) e cerrado \textit{sensu stricto} (625). Entretanto, quando consideramos o número de registros realizados dentro ou fora do raio amostral de 100 m em torno dos pontos amostrais, os resultados são qualitativamente diferentes.  Os registros dentro do raio amostral de 100m foram maiores na fitofisionomia campo sujo (334), depois em campo cerrado (269) e por último em cerrado \textit{sensu stricto} (214) (Figura 2). Já para os registros realizados fora do raio de 100 m torno dos pontos amostrais, a fitofisionomia que apresentou maior número de registros foi o cerrado \textit{sensu stricto} (414), depois o campo cerrado (384) e por último o campo sujo (306) (Figura 2).         

\textbf{Figura 4}: Número de registros e de espécies observados em cada um dos estratos vegetacionais definidos, considerando apenas os registros feitos dentro do raio amostral de 100m. A definição dos estratos vegetacionais encontra-se no corpo do texto. Note que o comprimento a escala  do eixo y é diferente nos dois gráficos.Estes resultados mostram que o número de espécies registradas nos estratos mais baixos é menor que o número de espécies em registros mais altos, más isto não nos possibilita concluir que a utilização destes estratos é maior, visto que estes estratos são também mais visíveis e podem possibilitar uma detecção maior. Esta proposição parece ter suporte pelos registros fora do raio amostral de 100m em torno dos pontos amostrais, onde somente sete registros foram realizados, sendo um registro de uma espécie no estrato 3 e seis registros de seis espécies diferentes no estrato 4. Assim, quanto maior a distância dos registros, mais dificultada parece ser a detecção de registros em estratos mais baixos. Ao final da última campanha de campo, iremos analisar os padrões de diversidade e ocupação apresentados considerando os efeitos da detectabilidade. Com isto, esperamos gerar subsídios para alcançar uma maior compreensão sobre a influência da estrutura e complexidade dos habitats sobre a diversidade de aves, assim como também um melhor entendimento dos fatores que podem influenciar a detecção destes padrões.         

\textbf{Figura 2}: \label{fig:aves2}:  Número de registros de aves realizados em cada uma das fitofisionomias amostradas, considerando os rgistros feitos dentro do raio amostral de 100m e fora deste raio amostral. Legenda: CS- campo sujo; CC - campo cerrado; SS- cerrado \textit{sensu stricto}. Note que o comprimento do eixo y é diferente nos dois gráficos.O maior número de espécies dentro das áreas amostrais foi registrado na fitofisionomia campo cerrado (67), seguido por cerrado \textit{sensu stricto} (64) e campo sujo (60) (Figura 3). Entretanto, quando consideramos o número de espécies registrado fora da áreas amostrais, a fitofisionomia campo sujo apresentou um maior número de espécies (63), seguido por campo cerrado (59) e cerrado \textit{sensu stricto} (26) (Figura 3).         

\subsection{Aves: complexidade de habitats e diversidade} % Rodolpho  \label{sec:compl-de-habit}   Até o momento foram realizadas duas das três saídas de campo previstas  para este subprojeto. Na primeira campanha, realizada entre 8 e 30 de  maio, foram feitos o reconhecimento das áreas, teste de dois  potenciais métodos amostrais e a demarcação dos pontos a serem  amostrados nas próximas campanhas. Após uma rápida inspeção do parque  para a escolha de locais potencialmente interessantes para a  realização do projeto, foram testados dois métodos amostrais para o  levantamento da diversidade de aves: método de ponto fixo e método de  transecto. Ambos os métodos se baseiam no registro visual e auditivo  das espécies de aves durante certo intervalo de tempo, porém o método  de ponto fixo consiste no registro das espécies pelo observador  enquanto este se encontra parado em um determinado ponto. No método de  transecto, o observador se locomove por um trajeto (em velocidade  constante) enquanto registra as espécies que visualiza/escuta.  Até A proposta inicial do projeto era utilizar  o momento foram realizadas duas das três saídas método  de campo previstas para este subprojeto. Na primeira campanha, realizada entre 8 e 30 ponto  de maio, foram feitos escuta, pois um dos objetivos do projeto, quantificação do uso dos  estratos vegetais pelas aves, depende da visualização direta dos  indivíduos. Nós acreditávamos que esta visualização poderia ser  facilitada se o observador estivesse parado em um mesmo local. No  entanto,  o reconhecimento das áreas, teste método  de dois potenciais métodos amostrais e a demarcação dos pontos transecto também poderia ser mais vantajoso por  permitir  a serem amostrados nas próximas campanhas. Após amostragem em  uma rápida inspeção do parque para área amostral maior, visto que observador  não está confinado  a escolha uma única localidade. Após 12 dias  de locais potencialmente interessantes para a realização do projeto, amostragem,  foram testados dois métodos amostrais para o levantamento da diversidade contabilizados 331 registros  de aves: 60 espécies usando o  método de pontofixo e método  de transecto. Ambos os métodos se baseiam no registro visual escuta  e auditivo das 225 registros de 65  espécies utilizando o método  de aves durante certo intervalo transecto. No entanto, apenas 18\%  de tempo, porém todos os registros feitos  utilizando  o método de ponto fixo consiste no registro das espécies pelo observador enquanto este se encontra parado em um determinado ponto. No de escuta foram visuais, sendo que 48\%  de todos os registros foram visuais a partir do  método de transecto, transecto  (Fig.~\ref{fig:aves1}). Assim, este resultado nos motivou a escolher  o observador se locomove por um trajeto (em velocidade constante) enquanto registra as espécies que visualiza/escuta. método de  transecto para a continuidade do trabalho.  A proposta inicial No total, durante esta primeira campanha, foram realizados 586  registros de 94 espécies, sendo que dentre estes registros alguns  merecem destaque, como por exemplo o da espécie \textit{Urubitinga  coronata} (Águia-cinzenta), que consta na categoria "Em perigo" da  lista nacional de espécies em extinção (MMA, Portaria nº444 de 17 de  dezembro 2014) e também na lista de espécies de extinção de Minas  Gerais (DN COPAM nº147, de 30 de abril de 2010). Outras espécies  observadas que constam na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais  são: \textit{Mycteria americana} (Cabeça-seca, categoria  "Vulnerável"), \textit{Crax fasciolata} (Mutum-de-penacho,categoria  "Em perigo"), \textit{Sporophila angolensis} (Curió, categoria  "Criticamente em Perigo"), \textit{Ara ararauna} (Arara-canindé,  categoria "Vulnerável") e \textit{Ara chloropterus}  (Arara-vermelha-grande, categoria "Criticamente em Perigo").  Além destes registros, foram também demarcados 32 pontos amostrais,  cada um composto de dois transectos de 200 m, distribuídos entre três  fitofisionomias distintas de Cerrado, a saber: campo sujo, campo  cerrado e cerrado \textit{sensu stricto}. Estas fitofisionomias foram  escolhidas por representarem um gradiente de estrutura vegetacional,  que aumenta  do projeto era utilizar campo sujo para o cerrado \textit{sensu stricto}, sendo  o método campo cerrado a forma intermediária. Estes pontos amostrais foram  escolhidos de maneira a possibilitar a análise da relação da  diversidade de aves com a estrutura da vegetação no cerrado e foram  amostrados durante a segunda campanha  de ponto campo, realizada entre  novembro e dezembro  de escuta, pois 2014, e serão amostrados novamente na terceira  campanha, a ser realizada no primeiro semestre de 2015 em datas a  definir.  Na segunda campanha, realizada entre 25 de novembro e 17 dezembro de  2014, foi realizada a primeira etapa das amostragens nos 32 pontos  amostrais selecionados previamente. Durante esta campanha foram  contabilizados 1925 registros de aves de 141 espécies, sendo que  dentre estes foi registrada a espécie \textit{Tigrisoma fasciatum}  (Socó-boi-escuro),considerada como "Vulnerável" em nível nacional  (MMA, Portaria nº444 de 17 de dezembro 2014) e "Criticamente em  Perigo" em Minas Gerais. Outras espécies que constam na lista de  espécies ameaçadas de Minas Gerais e foram registradas neste período  foram: \textit{Culicivora caudacuta}(Papa-moscas-do-campo, categoria  "Vulnerável"), \textit{Euscarthmus rufomarginatus} (Maria-corruíra,  categoria "Criticamente em Perigo"), \textit{Suiriri islerorum}  (Suiriri-da-chapada, categoria "Vulnerável"), além de  \textit{M. americana}, \textit{S. angolensis} e \textit{A. ararauna},  já registradas durante a primeira campanha.  As amostragens foram realizadas nos períodos da manhã (entre 06:00 e  11:00) e à tarde (entre 15:30 e 20:00), evitando os períodos com  incidência de chuva. Metade dos pontos amostrais foram visitados em  pelo menos duas ocasiões pela manhã, cada uma por  um observador  diferente, o que irá possibilitar a análise da influência do  observador sobre o registro das espécies e indivíduos e também o  padrão de ocorrência das espécies por fitofisionomia. A outra metade  dos objetivos pontos foram visitados entre quatro e seis ocasiões pela manhã e  entre duas e quatro ocasiões à tarde, o que nos permitirá avaliar a  influência  do projeto, quantificação período  do uso dos estratos vegetais pelas dia na detecção das  aves, depende assim como também  calcular a detecção para cada espécie e fisionomia. Em cada registro  foi considerada a presença  da visualização direta dos indivíduos. Nós acreditávamos que esta visualização poderia ser facilitada se o observador estivesse parado ave dentro ou fora da região amostral  (dentro ou fora de raio de 100m  em um mesmo local. No entanto, torno do ponto) e  o método tipo  de transecto registro (visual ou auditivo). Nos registros visuais, foram  também poderia ser mais vantajoso por permitir registrados  a amostragem distância perpendicular das aves  em uma área amostral maior, visto relação ao  transecto, a qual será utilizada para avaliar o efeito da distância de  observação na detecção das aves, e também o estrato vegetacional  que observador não está confinado o  indivíduo foi avistado,  a qual será usada em  uma única localidade. Após 12 dias etapa posterior para  avaliação do efeito da complexidade  de amostragem, foram contabilizados 331 registros habitats sobre a diversidade de  espécies. Os estratos vegetacionais  de 60 ocorrência dos indivíduos e  espécies usando foram categorizados da seguinte forma: 1- vegetação herbácea  (0-100cm altura, sem a presença de copa definida e sem a presença de  caule lignificado), 2- vegetação arbustiva (0-100cm altura, sem a  presença de copa definida e com presença de caule lignificado), 3-  vegetação arbórea de pequeno porte (100-300cm de altura, com a  presença de copa definida e caule lignificado) e 4- vegetação arbórea  de porte adulto (a partir de 300cm de altura, com a presença de copa  definida e caule lignificado).  Com relação às três fitofisionomias amostradas,  o método maior número  de ponto registros foi obtido na fitofisionomia campo cerrado (653), seguido  por campo sujo (640) e cerrado \textit{sensu stricto}  (625). Entretanto, quando consideramos o número  de escuta registros  realizados dentro ou fora do raio amostral de 100 m em torno dos  pontos amostrais, os resultados são qualitativamente diferentes. Os  registros dentro do raio amostral de 100m foram maiores na  fitofisionomia campo sujo (334), depois em campo cerrado (269)  e 225 por  último em cerrado \textit{sensu stricto} (214) (Fig.~\ref{fig:aves2}). Já para os  registros realizados fora do raio de 100 m torno dos pontos amostrais,  a fitofisionomia que apresentou maior número de  registros foi o  cerrado \textit{sensu stricto} (414), depois o campo cerrado (384) e  por último o campo sujo (306) (Fig.~\ref{fig:aves2}). O maior número  de65  espécies utilizando dentro das áreas amostrais foi registrado na fitofisionomia campo  cerrado (67), seguido por cerrado \textit{sensu stricto} (64) e campo  sujo (60) (Fig.~\ref{fig:aves3}). Entretanto, quando consideramos  o método número  de transecto. No entanto, apenas 18\% espécies registrado fora da áreas amostrais, a fitofisionomia campo  sujo apresentou um maior número de espécies (63), seguido por campo  cerrado (59) e cerrado \textit{sensu stricto} (26) (Fig.~\ref{fig:aves3}).  Estes resultados preliminares indicam que o número  detodos os  registros feitos utilizando em cada fitofisionomia, assim como  o método de ponto número  de escuta espécies presentes em  cada uma, são diferentes. Além disso, estes resultados indicam que  existe um efeito da distância que os registros  foram visuais, sendo realizados, já  que48\% de todos  os registros e espécies encontrados dentro e fora do raio de 100m  em torno dos pontos apresentam diferentes padrões. Este efeito da  distância pode ocorrer tanto por uma maior heterogeneidade de hábitats  em torno de algumas fitofisionomias em relação à outras quanto por um  efeito da detectabilidade associado às características dos hábitats,  já que o efeito positivo da vegetação sobre o número de espécies  poderia ser reduzido ou até mascarado por um efeito negativo da  vegetação sobre a detecção das espécies.  O uso dos estratos pelas aves também foi analisado de maneira  preliminar e dentro do raio de 100m em torno dos pontos foram  realizados 15 registros de aves no estrato 1, 72 no estrato 2, 116 no  estrato 3 e 313 no estrato 4 (Fig.~\ref{fig:aves4}). Com relação ao número de  espécies dentro deste mesmo raio amostral,  foram visuais observadas 12  espécies no estrato 1, 28 espécies no estrato 2, 34 no estrato 3 e 63  no estrato 4 (Fig.~\ref{fig:aves4}). Estes resultados mostram que o número de  espécies registradas nos estratos mais baixos é menor que o número de  espécies em registros mais altos, más isto não nos possibilita  concluir que  a partir utilização destes estratos é maior, visto que estes  estratos são também mais visíveis e podem possibilitar uma detecção  maior. Esta proposição parece ter suporte pelos registros fora  do método raio  amostral de 100m em torno dos pontos amostrais, onde somente sete  registros foram realizados, sendo um registro de uma espécie no  estrato 3 e seis registros  de transecto (Figura 1). seis espécies diferentes no estrato  4.  Assim, este resultado nos motivou quanto maior  a escolher o método distância dos registros, mais dificultada  parece ser a detecção de registros em estratos mais baixos. Ao final  da última campanha  de transecto campo, iremos analisar os padrões de diversidade  e ocupação apresentados considerando os efeitos da  detectabilidade. Com isto, esperamos gerar subsídios  para alcançar uma  maior compreensão sobre  a continuidade do trabalho. influência da estrutura e complexidade dos  habitats sobre a diversidade de aves, assim como também um melhor  entendimento dos fatores que podem influenciar a detecção destes  padrões.