Contagem de filhotes

Primeiramente foram confrontados modelos GLM Poisson com diferentes estruturas temporais para as contagens de filhotes da baleia-jubarte no Banco dos Abrolhos. Foram testadas diferentes combinações de modelos com ano como variável contínua e categórica, mês como variável contínua, categórica e quadrática, e dia juliano como variável contínua e quadrática. O melhor modelo (Delta AICc < 2) teve o ano como variável contínua e o dia juliano como variável quadrática (Figura 5). Os modelos com variáveis climáticas foram todos construídos com esta estrutura temporal. Houve uma clara tendência de aumento do número de filhotes ao longo dos anos e um padrão de crescimento do número de filhotes ao longo da temporada até atingir um pico e depois declinar até o final da temporada.

Foram construídos 15 modelos (GLM Poisson) para as contagens de filhotes no Banco dos Abrolhos (Tabela 3). O melhor modelo teve um efeito de SOI com um atraso de 3 anos. Após três anos de eventos de El Niño, valores de SOI consistentemente negativos, a taxa de avistagem de filhotes no Banco dos Abrolhos teve uma tendência de aumento (Figura 6). O melhor modelo se ajustou bem aos dados, sem padrões observados no gráfico de erros residuais e sem observações influentes. O valor do fator de inflação de variância (igual a 1,49) indicou que não houve sobredispersão substancial nos dados, sendo a distribuição Poisson adequada para modelar as contagens de filhotes no Banco dos Abrolhos.