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\label{table:tabela1}  \end{table}  Além disto, o melhor modelo previu uma relação linear entre a variável dependente e as variáveis independentes, sendo negativa a relação entre riqueza observada e a primeira variável de estrutura vegetacional (primeiro eixo da PCA) e positiva a relação entre riqueza observada e a segunda variável (segundo eixo da PCA) (Figura \ref{fig:figura2}).  Por sua vez, as análises da relação entre riqueza estimada e as variáveis de estrutura da vegetação, mostraram um padrão diferente do encontrado para a riqueza observada. Nesta análise, o modelo que melhor representa a variação dos dados de riqueza estimada com as variáveis de estrutura vegetacional foi aquele que previu uma relação quadrática entre a riqueza estimada e a primeira variável de estrutura da vegetação (primeiro eixo da PCA) (Tabela \ref{tab:tabela2}).  \begin{table}  \begin{tabular}{l c c c } 

\hline  \end{tabular}  \label{table:tabela2}  \end{table} Por este modelo, a riqueza estimada deve ser maior em valores intermediários da variável de estrutura, sendo mais baixos os valores de riqueza estimada quando a variável de estrutura apresenta valores extremos (Figura \ref{fig:figura3}).  \subsubsection{Discussão}  As análises realizadas até então mostram que a variação da riqueza observada pode ser melhor representada considerando a soma dos efeitos de ambas as variáveis de estrutura de vegetação. Neste modelo, a relação entre as variáveis é linear, o que significa que é esperado um aumento constante da riqueza observada com o decréscimo (no caso da primeira variável de estrutura) e aumento (no caso da segunda variável de estrutura) das variáveis de estrutura. Já para a riqueza estimada, os resultados apontam para um efeito preponderante da primeira variável de estrutura vegetacional sobre a variação da riqueza estimada. Além disto, o efeito desta variável de estrutura sobre a riqueza estimada se mostrou não linear e quadrática, na qual inicialmente espera-se um forte aumento da riqueza estimada com o aumento da variável da estrutura, mas que tende a reduzir em intensidade até alcançar um pico e depois passa a se relacionar negativamente com a riqueza estimada. Desta forma, estes resultados diferentes encontrados para as riquezas observada e estimada apontam para um efeito da detecção das espécies e indivíduos na observação de padrões ecológicos, como o da relação entre estrutura de vegetação e riqueza e diversidade de espécies.  Até então, a grande maioria dos estudos ecológicos propostos para estudo da relação entre diversidade de espécies e complexidade e estrutura de hábitats têm mostrado uma relação linear e positiva entre estas variáveis (e.g Hurlbert 2004). No entanto, estes estudos têm ignorado o efeito da detecção imperfeita para a observação destes padrões. Nossos resultados indicam que a inclusão do efeito da detecção imperfeita, mesmo sendo constante entre as amostras, pode contribuir para a observação de um padrão diferente na relação entre diversidade de espécies e complexidade e estrutura de habitats. Este resultado é importante e deve ser considerado por que diferentes padrões ecológicos podem dar suporte a diferentes processos de geração/manutenção da diversidade de espécies, o que pode influenciar a interpretação de estudos ecológicos e/ou na elaboração de estudos que visem o manejo e conservação de áreas prioritárias e de espécies ameaçadas de extinção.(Ruiz-Gutierrez & Zipkin 2010).  Assim, nós acreditamos que a inclusão do efeito de covariáveis influenciando tanto a ocupação quanto a detecção das espécies possam contribuir para um melhor entendimento dos padrões e processos ecológicos e também dos efeitos intrínsecos ao processo de observação, que podem influenciar o nosso entendimento acerca destes padrões e processos ecológicos em geral.