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  O krill é uma espécie chave no ecossistema do Oceano Austral, sendo um organismo importante para a transferência de energia entre os produtores primários e os níveis mais altos da cadeia trófica antártica \cite{Endo_2000}. O krill é um organismo zooplanctônico de vida longa (5 anos) que apresenta grande abundância \cite{NICOL_2006}, servindo de alimento para diversos predadores no Oceano Austral, incluindo aves marinhas, focas e grandes baleias \cite{Laws_1977}. O krill está disponível para seus predadores em poucos meses mais quentes do ano, pois no inverno encontra-se abaixo da banquisa e indisponível para seus consumidores \cite{NICOL_2006}. Assim, estes predadores devem ser capazes de explorar um recurso altamente abundante durante este curto período de tempo \cite{Murphy_2007}.    A baleia-jubarte é um Um  dos maiores  predadores de krill é a baleia-jubarte,  que realiza anualmente longas migrações sazonais entre áreas de alimentação ao redor da Antártica e regiões de reprodução em áreas tropicais \cite{MACKINTOSH_1946}. Nas áreas de reprodução a baleia-jubarte permanece sem se alimentar, subsistindo com uma espessa camada de gordura adquirida nas áreas polares durante a curta temporada de alimentação. Presume-se que exista uma grande demanda energética da reprodução e migração para as baleias e a disponibilidade de presas no seu período de alimentação seja um dos fatores que regulam sua população.   Este trabalho teve como objetivo explorar o efeito de fenômenos climáticos de meso-escala como a Oscilação Austral/El Niño e o Modo Anular do Sul na demografia das baleias-jubarte que reproduzem no Brasil. Estes processos climáticos têm efeitos na dinâmica do Oceano Austral e podem afetar o principal alimento da baleia-jubarte, o krill. Desta forma, usando bancos de dados de longo prazo coletados na área de reprodução das baleias no Brasil, buscou-se verificar se estes dois fenômenos afetam de maneira indireta a reprodução e a sobrevivência das baleias.    \subsubsection{\textit{Material e Métodos}}