Figura 1. Os pontos representam os valores de NT em função do superfície plana representa a superfície estimada pela Regressão Linear.
Segue abaixo a equação de regressão linear do valor de NT em função do coeficientes da equação foram estimados pelo método dos mínimos quadráticos para um polinômio linear utilizando a função Polyfit do Matlab®.
NT = 0,195 ×NT_MAX - 0,001 ×N + 0,06 & 1 ≤NT_MAX ≤100
    (8)
O valor de NT deve ser arredondado para o valor inteiro maior mais próximo, para garantir uma TFP no máximo de 5%.
4 Discussão
As técnicas de detecção objetivas são ferramentas matemáticas no domínio da frequência que inferem sobre a presença ou ausência de um sinal em meio ruidoso. Porém, ao aplicar essa técnica de maneira repetitiva deve-se tomar o cuidado com a taxa de falsos positivos (D’haenens et al. , 2010).
Observando a Figura 1 e equação 8, o número de derivações (N) influencia muito pouco no valor de NT, isso é justificado pois para a condição de \(H_{0}\), i.e. ausência e resposta, a fase média (\(\overset{\overline{}}{\theta_{i}})\) mantem a sua distribuição constante em função dos número derivações (Miranda de Sá e Felix, 2003), portanto o valor de \(N\) não influência no valor de de NT.
Os resultados desse trabalho indicam o valor mínimo de NT testes consecutivos para \(H_{0}\) ser rejeitada, e ainda manter a taxa de falsos positivos em 5%. Por exemplo, para exames com
5 Conclusão
O presente trabalho investigou o valor mínimo de NT testes consecutivos para \(H_{0}\) ser rejeitada, para um exame que realizará uma quantidade máxima de testes estatísticos igual a \(NT_{\text{MAX}}\) e N números de derivações.
A escolha do NT pode afetar a qualidade do exame, aumentando ou diminuindo a taxa de falsos positivos. Assim para aplicações que realizam a MCSM de maneira repetitiva, sugere-se a utilização de NT conforme a equação 8, caso deseja-se manter a taxa de falsos positivos no máximo em 5%.
Vale ressalta que o ajuste do NT, pode ser útil na aplicação em equipamentos clínicos que utilizam a MCSM de maneira online, pois por meio do valor de NT é possível utilizar a técnica de detecção na medida em que coleta os dados e garantir que a taxa de falsos positivos seja no máximo 5%.
Agradecimentos
Os autores agradecem à FAPEMIG, CAPES e CNPq pelo apoio financeiro.
Referências Bibliográficas
Chiappa, K.H. (1997). Evoked Potentials in Clinical Medicine. New York: Raven Press, 2nd ed.
D’haenens, W., Vinck, B.M., Maes, L., Bockstael, A., Keppler, H., et al. (2010). Determination and evaluation of clinically efficient stopping criteria for the multiple auditory steady-state response technique. Clinical Neurophysiology, Vol. 121, No. 8, pp. 1267–1278.
Felix, L. B. (2006). Detecção objetiva de respostas auditivas em regime permanente: aplicação em exames audiológicos. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica), UFMG, Belo Horizonte.
Felix, L. B.; Miranda De Sá, A.M.F.L.; Infantosi, A.F.C. e Yehia, H.C. (2007). Multivariate objective response detectors (MORD): statistical tools for multichannel EEG analysis during rhythmic stimulation. Annals of Biomedical Engineering, Vol. 35, No. 3, pp. 443-452.
Korczak, P., Smart, J., Delgado, R., Strobel, T.M. e Bradford, C. (2012). Human auditory steady-state responses. Journal of the Acoustical Society of America, Vol. 23, pp. 146– 170.
Lin, Y.H., Ho, C.H. e Wu, H.P. (2009). Comparison of auditory steady state responses and auditory brainstem responses in audiometric assessment of adults with sensorineural hearing loss. Auris Nasus Larynx, vol. 36, No. 2, pp. 140–145.
Lins, O.G. (2002) Audiometria Fisiológica Tonal utilizando Respostas de Estado estável Auditivas do tronco cerebral. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, São Paulo .
Luts, H., Van Dun, B., Alaerts, J. e Wouters, J. (2008). The influence of the detection paradigm in recording auditory steady-state responses. Ear and Hearing, Vol. 29, No. 4, pp. 638–650.
Mardia, K.V. e Jupp, P.E. (2002). Directional Statistics. West Sussex, UK: Wiley.
Miranda de Sá, A.M.F.L. e Felix, L.B. (2002). Improving the detection of evoked responses to periodic stimulation by using multiple coherence-application to eeg during photic stimulation, Medical Engineering and Physics, Vol. 24, No. 4, pp. 245–252.
Miranda de Sá, A.M.F.L. e Infantosi, A.F.C. (2002). A coherence-based technique for evaluating the degree of synchronism in the EEG during sensory stimulation. Rev Bras Eng Biomed, Vol. 18, pp. 39–49.
Miranda De Sá , A. M. F. L. e Felix, L. B. (2003). Multi-channel evoked response detection using only phase information. J. Neurosci. Meth. , Vol. 129, pp. 1–10.
Picciotti, P.M., Giannantonio, S., Paludetti, G. e Conti G. (2012). Steady state auditory evoked potentials in normal hearing subjects: Evaluation of threshold and testing time. Journal for otorhinolaryngology and its related specialties, Vol. 74, No. 6, pp. 310–314.
Picton, T.W., John, M.S., Dimitrijevic, A. e Purcell, D. (2003). Human auditory steady-state responses, Int J Audiol, Vol. 42, No. 4, pp. 177-219.
Resende, L.M., Carvalho, S.A.D.S., Santos, T.S., Abdo, F.I., Romão, M., Ferreira, M.C. e Tierra-Criollo, C.J. (2015). Auditory steady-state responses in school-aged children: a pilot study. Journal of NeuroEngineering and Rehabilitation, 2015, Vol. 12, No. 1, pp. 1–7
Simpson, D. M.; Tierra-Criollo, C. J. e Leite, R. T. (2000). Objective Response Detection in an Electroencephalogram during Somatosensory Stimulation. Annals of Biomedical Engineering, Vol. 28, No. 6, pp.691-698.
Stapells, D. R. (2011). Frequency-specific threshold assessment in young infants using the transient ABR and the brainstem ASSR. In R. C. Seewald pp. 409–448.
Venema, T. A. (2004). Clinician encounter with the auditory steady state response (ASSR): an introduction to ASSR and their implication in real world fitting environment. Hearing Review, Vol. 11, No. 5, pp. 22-28.
Wilding, T.S., McKay, C.M., Baker, R.J. e Kluk, K. (2012). Auditory steady state responses in normal-hearing and hearing-impaired adults: an analysis of between-session amplitude and latency repeatability, test time, and F ratio detection paradigms. Ear and Hearing, Vol. 33, No. 2, pp. 267–278.