\citet{c2015}, p. 67) 
Com base no que os autores discutem, com base na própria experiência proporcionada pelo PIBID e nas reflexões feitas com os estudantes, é preciso que a avaliação do texto seja feita a partir de anotações que sejam de fato eficazes para a aprendizagem. O aluno precisa refletir criticamente sobre o seu texto. O professor precisa avaliar aquilo que é, de fato, feito em sala de aula. A teoria traz ao professor respostas sobre a melhor forma de avaliar. O conhecimento da teoria das sequências textuais, da teoria dos gêneros textuais e da teoria do letramento promove reflexões e sinaliza caminhos importantes para se pensar em novas estratégias de ensino.  
Considerações Finais
 
O presente estudo, essencialmente teórico, mas com propostas metodológicas, teve o propósito de promover reflexões sobre a prática docente. No estudo da formação de professores, investe-se produtivamente em discussões sobre metodologias de ensino/de pesquisa, metodologias didáticas, metodologias que envolvem a reflexão sobre o espaço de sala de aula, sobre a relação professor-aluno, sobre o ensino e a aprendizagem. Todas as pesquisas e investimentos que versam sobre esta temática são valiosas. As discussões e o investimento na formação de professores são valiosos, seja por se considerar o cenário tão inovador (por exemplo, o ensino e as novas tecnologias), seja por se considerar as inquietações por buscas de respostas mais eficientes sobre as práticas de ensino, sempre tão presentes nos contextos escolares. As discussões sobre a formação contínua de professores garantem que haja trocas de ideias, trocas de experiências, trocas de conhecimento.
O PIBID é uma oportunidade muito importante e gratificante para a formação dos estudantes de licenciatura. A vivência com as práticas em sala de aula, já no início do curso, promove que o estudante, futuro professor, aproxime-se de questões que são fundamentais para a sua formação. O contato com os alunos e a troca de experiências com a (o) supervisor da escola o coloca diante de situações reais do contexto de sala de aula.    
Diante dessas colocações, conclui-se este trabalho com o questionamento que segue: o que este artigo representa diante de uma discussão metodológica já tão rica sobre formação de professores? O artigo tem o propósito de contribuir, ao menos, parcialmente, nas discussões sobre avaliação de textos. As dificuldades relacionadas ao nível de escrita dos estudantes são amplamente conhecidas (dentro e fora do contexto escolar). O artigo se propôs a fazer uma retomada de alguns conceitos centrais para um diálogo entre as temáticas do letramento, dos gêneros de texto e de avaliação, na tentativa de encontrar alguns caminhos que promovam um trabalho em sala de aula que seja proveito, que a avaliação tenha um propósito que garanta a escrita autônoma e satisfatória.
Resumidamente, algumas constatações que merecem ser retomadas: a avaliação de textos deve considerar a teoria dos gêneros textuais. O professor deve priorizar, em suas correções, a seguinte ordem hierárquica: o discurso, a sequência textual e a gramática. O trabalho com a reescrita é o melhor método para valorizar a prática de escrita do aluno, promovendo um aprimoramento desta prática. O professor deve alinhar critérios de correção com metodologias de sala de aula, compreendendo que a escrita é um processo. Além disso, a proposta da atividade escrita deve estar articulada aos critérios de correção.
Para concluir, importante destacar que avaliação de textos não pode ser feita de forma subjetiva nem aleatória, ela deve estar fundamentada em teorias e articulada às metodologias do professor.
 
[1] Versão original: il s’agit de la genèse de ce qui sera dit texte”. (Fabre-Cols, 2002, p. 22 [grifos da autora])
[2] O estudo das sequências textuais merece uma discussão mais aprofundada, para isso, recomenda-se a leitura do livro Análise linguística nos gêneros textuais, de Teresa Cristina Wachowicz (2010).
[3] Versão original: “pour les écrivains, écrire n’est pas seulement une question de savoirs linguistiques, mais aussi de désir et de projet, et d’équilibres, littéraux et discursifs, à négocier”. (p. 03)